Os médicos consideravam que seu feto estava morto e queriam fazer o aborto terapêutico, mas a esperança de Maria foi maior
“Apesar dos exames e da ecografia, esse diagnóstico me pareceu apressado demais – comentou Maria – e, naquela noite, em casa, eu me informei e confirmei o que já havia intuído: que nem sempre as batidas do coração do feto são perceptíveis na quinta semana. Era melhor esperar, antes de optar pelos fármacos e pelo bisturi. Minha gravidez não foi planejada, mas eu amava o meu filho.”
A médica que a acompanha confirmou o acerto da sua decisão: “É verdade, o coração não está batendo, mas a gravidez ainda está no começo. Vamos esperar uma semana para ver se houve aborto interno ou não”.
Alguns dias depois, a ecografia acabou com todas as dúvidas: o embrião estava vivo e crescia. O diagnóstico dado no setor de pronto atendimento era incorreto.
Não à superficialidade com a vida
“Meu bebê nasceu no dia 2 de dezembro de 2013 – contou Maria. Pesava três quilos e meio. Foi parto normal. E cada vez que contemplo o meu filho, lembro do perigo pelo qual ele passou. Se eu não tivesse seguido o meu instinto, teria sido eu mesma a assassina do meu filho.”
Maria pede justiça e indenização por danos morais. “Uma ação legal não é apenas uma iniciativa justa, mas necessária. Não se pode ser superficial com a vida”, afirmou.